A maioria das pessoas já ouviu falar sobre processos psicológicos conscientes e inconscientes. Ser consciente de algo parece intuitivamente mais fácil de entender, embora seja conceitualmente difícil de explicar. Já o nosso querido inconsciente… aqui a coisa fica mais complicada.
Mas não precisa ser assim.
Pense sobre o controle da sua temperatura corporal ou pressão arterial, sobre aquela reação imediata e talvez inesperada que você teve ao se deparar com uma determinada situação, sobre como você dirige ou anda de bicicleta de maneira quase automática. Em todos esses exemplos, quem estava no comando era o seu inconsciente; em grande parte deles ou até em sua totalidade.
Quando você está em um lugar, como um restaurante, pode não ter prestado atenção a todos os detalhes, mas se alguém lhe perguntar sobre a cor das paredes, você provavelmente será capaz de dar um palpite e terá grandes chances de acertar. Esse é o nosso inconsciente, de maneira simplificada. Ele é responsável por realizar tarefas de forma rápida, automática ou quase automática, sem que você precise se intrometer. E é bom que sua mente consciente não interfira em vários processos, pois você estaria em sérios apuros.
A nossa mente consciente serve para aprender coisas novas e planejar; ou seja, ela é mais "lenta" porque normalmente você precisa prestar atenção ao que está fazendo. Uma vez aprendida uma nova forma de fazer algo, voilà! Você pode delegar para seu inconsciente.
Não é fantástico?
Essa é, de forma bem simples, a principal diferença entre seu inconsciente e sua consciência. Claro, há muito mais a se falar e definir sobre essas duas instâncias psicológicas, mas meu objetivo aqui é chamar sua atenção para algo que deveríamos dar mais importância.
Seu inconsciente tem muito mais informações sobre o mundo e sobre você mesmo! Faz sentido, não? Todas as frustrações, medos, alegrias, paixões, desejos que você viveu, mas eventualmente não se lembra, seu inconsciente sabe. Mais que isso: ele é a fonte de toda a criatividade. Ao tentar resolver um problema, você certamente ficou pensando nele por algum tempo e nas alternativas para resolvê-lo. E quem você acha que junta todas as peças e apresenta aquele insight inesperado à sua consciência? Ele mesmo.
E como faço para ouvi-lo?
Bom, não é possível dar dicas práticas sobre processos tão complexos e introspectivos. Mas é possível sugerir que você preste mais atenção em você mesmo, que comece a perceber que os acontecimentos ocorrem de dentro para fora e não de fora para dentro. Ou seja, é a forma como interpretamos o mundo ao nosso redor que conta, e não o mundo em si, pois, como dito acima, a maioria das explicações sobre nós mesmos está em nosso próprio inconsciente.
Nesse sentido, as terapias podem ajudar; a que eu mais gosto é a psicologia profunda, mais precisamente a psicologia analítica de Jung.
Te espero no próximo texto!
A importância de ouvir seu Inconsciente!
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